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UM SETOR APRENDE COM O OUTRO

Por Cintia Weirich - Presidente do Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sindmóveis)

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Já percebeu como empresas de segmentos diferentes podem aprender umas com as outras? Muitas vezes a inspiração para inovar está em uma área completamente diferente. Como uma técnica do varejo, um sistema do ramo de serviços ou uma máquina da indústria.

Quando uma empresa observa o que acontece em outros segmentos, descobre soluções que talvez não surgissem internamente. Na prática, as trocas de aprendizados são um atalho para inovar. Em vez de começar do zero, é possível adaptar ideias já testadas para se tornar mais competitivo. Sempre considerando sua própria realidade, claro.

Aprender com setores diferentes amplia a visão de mercado e evita que a empresa permaneça nas mesmas práticas, tanto na operação e na gestão quanto no portfólio de produtos. Quem mantém a mente aberta para essas conexões tende a se destacar.

Temos grandes exemplos no mercado. A Ikea, gigante do setor moveleiro, adotou práticas comuns no varejo de moda, como lançamentos temáticos e campanhas de edição limitada, para gerar senso de urgência nos consumidores. Já a Magazine Luiza investiu em tecnologia, aprendendo com startups de serviços digitais, e transformou sua operação em um verdadeiro ecossistema, integrando marketplace, logística e fintech.

Outro case de sucesso é a Olympikus, que teve seu momento de popularidade e de certo modo acabou caindo no esquecimento. A chave começou a virar em 2018, quando a Vulcabras (dona da marca) iniciou seu reposicionamento – um processo que incluiu desenvolvimento de produtos, proximidade com o consumidor e estratégias de marketing. Deu tão certo que, em 2023 e 2024, os tênis Olympikus foram eleitos os preferidos pelos corredores brasileiros, ou seja, uma marca nacional que compete de igual para igual com produtos internacionais.

Ao estimular diálogo entre suas câmaras temáticas, o Bento+20 opera como um laboratório local dessas trocas intersetoriais. Isso porque práticas do varejo podem inspirar soluções na indústria, métodos digitais de startups podem aprimorar serviços públicos e experiências de marcas nacionais podem orientar estratégias de reposicionamento.

Seguindo essa lógica de que empresas de diferentes setores podem aprender umas com as outras, um dos palestrantes do Congresso Movergs é o diretor de marketing da Vulcabras, Márcio Callage, responsável pelo reposicionamento da marca.

Os outros palestrantes do Congresso, que será no dia 14 de outubro, no Dall’Onder Grande Hotel, são Professor HOC (cientista político), Giovani Baggio (economista-chefe da Fiergs) e Carlos Ferreirinha (especialista em consumo e mercado de luxo). Fica o convite para empresários e gestores de todos os setores participarem do evento!

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